A Arte da Persuasão - Parte 2
Por Carlos Alberto de Faria
10/09/2007
"Vá à luta, faça-se útil!"
Peter Drucker
RESUMO:
Você conhece e aplica os princípios da persuasão, pessoal e
profissionalmente, para facilitar a sua vida?
Veremos aqui a continuação deste assunto essencial, muito pouco
divulgado e importantíssimo para quem quer se inserir no mercado,
desde vender uma idéia de negócio a produtos ou serviços...
Na parte 1 vimos os três primeiros princípios da persuasão:
1. Princípio da Amizade
As pessoas gostam daqueles que gostam delas.
2. O Princípio da Reciprocidade
As pessoas dão o troco na mesma moeda.
3. O Princípio da Consistência
As pessoas seguem e perseguem compromissos claros e consistentes.
Hoje apresentamos, a seguir, os outros três princípios:
4. O Princípio da Autoridade
As pessoas reconhecem o notório saber.
Aplicações:
- Não assuma que o seu conhecimento é evidente, facilite a vida dos
outros com os seus conhecimentos.
- Coloque o seu conhecimento para ajudar os outros.
As pessoas têm mais boa vontade em seguir direções e recomendações
de um comunicador no qual enxerguem uma autoridade reconhecida ou
com um conhecimento significativo.
5. O Princípio da Validação Social:
As pessoas seguem caminhos abertos por semelhantes.
Aplicações:
- O exemplo vindo de semelhantes cria predisposição favorável.
- Use o exemplo dos amigos, colegas e conhecidos sempre que
disponível.
As pessoas têm mais boa vontade em executar uma ação recomendada se
eles percebem evidências de que algumas outras pessoas,
especialmente os semelhantes, já estão executando.
6. Princípio da Raridade
As pessoas precisam mais daquilo que elas têm menos.
Aplicações:
- As pessoas dão valor ao que é raro.
- Utilize e evidencie informações exclusivas e benefícios únicos.
As pessoas julgam oportunidades e objetos mais atrativos na medida
em que estes sejam mais escassos, raros, ou de baixa
disponibilidade.
Cada um destes aspectos, levantados pela pesquisa do Dr. Robert
Cialdini, pode e deve ser trabalhado por todos os profissionais que
queiram atuar, de forma ética, para promover tanto a sua pessoa -
marketing pessoal -, como as idéias que defende, os serviços ou
produtos que vende, quer seja ele vendedor porta a porta ou um
líder.
Eu diria que mais do que isso: estes pontos precisam ser
considerados nas suas táticas de aproximação e de desenvolvimento de
relacionamentos, quer seja entre pessoas físicas ou entre pessoas
jurídicas - mesmo porque pessoas jurídicas não se aproximam, quem se
aproxima são pessoas físicas, representantes de pessoas jurídicas.
No caso de pessoas jurídicas, então, precisa haver cuidados extremos
na uniformidade e coesão das suas atividades de aproximação e
relacionamentos das diversas pessoas físicas que se apresentam e
representam a empresa, frente às pessoas físicas representantes do
cliente ou cliente potencial.
Como a sua empresa pode utilizar cada uma destas áreas para
consistentemente aparecer e oferecer oportunidades que facilitem a
persuasão pela sua oferta?
E no seu caso de profissional de gabarito? Como você pode se
utilizar destes princípios?
E na sua vida pessoal, na sua vida em família? Como você pode se
utilizar destes princípios?
Pense e reflita. Na parte 3 colocaremos este assunto de forma mais
prática, através de Dicas Práticas de como aplicar este conhecimento
na sua família, para você, em seu marketing pessoal, e para a sua
empresa.
Carlos Alberto de Faria é sócio diretor da Merkatus - Fonte:
Merkatus