Arte e expressão desenvolvendo competências pessoais
Por Maria Inês Felippe
21/09/2007
É um porta que se abre de dentro para fora
Gostaria de relatar para você vivências da arte desenvolvendo
pessoas.
Você nem imagina o quanto é rico!
Quantas vezes vamos a uma exposição de arte e não entendemos
“nadica”.
Os profissionais hoje inseridos no mercado vivenciam as fortes
exigências de responder, cada vez mais prontamente, com o
conhecimento específico de sua área às necessidades que este novo
tempo nos apresenta. No entanto, e curiosamente, percebe-se cada vez
mais manifesto, o movimento crescente de abrir espaços ao
auto-conhecimento, ao corpo, saúde, espiritualidade, as relações
interpessoais, a arte... Que movimento é este?
É o retorno aos princípios e valores importantes para o homem e
humanizar o ser significa recolocá-lo dentro do equilíbrio de sua
integridade física, emocional, racional e espiritual. É fazer
despertar a consciência para valores essenciais, fazendo perceber-se
como ser criador e único, importante para a transformação do
contexto histórico e cultural ao qual pertence.
Tenho trabalhado intensamente nas empresas com desenvolvimento de
competências desde as mais singelas como trabalho em equipe até as
mais sofisticadas: Orientação Estratégica, Foco no Cliente,
Resultados, Liderança, etc.
A cada ano percebo a evolução e a criação de novas competências que
o profissional deverá ter, por vezes desconsiderando sua essência,
sua dominância cerebral, colocando o homem como um ser faltante e
não com sua força, história, integridade, moral e ética.
Como percebo um discurso interessante de qualidade de vida, só para
você ter uma idéia uma grande empresa na área da comunicação
solicitou uma palestra de Criatividade e Inovação, que seria
inserida no programa de qualidade de vida e que aconteceria durante
o almoço,exatamente naquela hora em que estômago gostaria de receber
somente, alface, tomate, etc e tal. Não é incrível? Que belo
discurso de qualidade de vida, não sei, mas acho algo
contraditório.O que você acha? Tenho a impressão que é preciso
respeitar o ser humano para ser respeitado, caso contrário não há
reciprocidade.
Mas como acessar essa essência, o núcleo do ser humano, resgatando
suas crenças, potencialidades e todos os aspectos acima destacados
que por vezes desconsiderados pelas empresas?
A resposta está na arte como uma manifestação criadora do homem que
constrói a sua história e contribui para a construção da cultura de
seu tempo. Não é difícil perceber como a arte ocupou função
indispensável desde os primórdios da civilização e continua presente
no cotidiano das pessoas. Conhecer arte hoje é participar melhor da
vida. É buscar a qualidade de vida do ponto de vista emocional,
mental aumentando sua cultura e sensibilidade. Pinturas, desenhos,
esculturas e todas as modalidades de arte são formas expressivas que
dizem sem falar, contam histórias sem palavras, pois utilizam outros
códigos, outra sintaxe. É linguagem que expressa o que as palavras
não alcançam explicitar, por isso tão importante para o homem e para
a comunicação entre os homens. Fazer arte é experimentar o universo
da criação, que de certa forma, nos aproxima da essência de sermos
humanos. Fazer arte é correr os riscos da criação, é estar
disponível e aberto para um olhar singular sobre os fenômenos,
capturá-los, reordená-los para chegar em formas originais.
Nossa experiência com a arte como ferramenta para o desenvolvimento
de competências, têm trazido não somente respostas para as empresas,
mas para os seres humanos que trabalham nelas, como também para a
humanidade, despertando talentos, auto conhecimento o suficiente
para entender o que não conseguimos compreender nas exposições de
artes.
“Sentir, perceber, fantasiar, imaginar, representar fazem
parte do universo infantil e acompanha o ser humano
por toda a sua vida”. ( Ferraz e Fusari)
Minha missão é treinar as pessoas para uma nação melhor.
Vamos juntos nesta descoberta através da arte?
Maria Inês Felippe: Palestrante, Psicóloga, Especialista em Adm. de
Recursos Humanos e Mestre em Desenvolvimento do Potencial Criativo
pela Universidade de Educação de Santiago de Compostela - Espanha.
Palestrante e consultora em Recursos Humanos, Desenvolvimento
Gerencial e de equipes, Avaliação de Potencial e competências.
Treinamentos de Criatividade e Inovação nos Negócios. Palestrante em
Congressos Nacionais e Internacionais de Criatividade e Inovação e
Comportamento Humano nas empresas. Vice Presidente de Criatividade e
Inovação da APARH.