A emoção como aliada para viver bem e conquistar sucesso
Por Maria Inês Felippe
21/09/2007
Você sabe que até recentemente o homem se contentou em ser avaliado
apenas como um ser racional. Nesse cenário, todo sucesso ou
insucesso era creditado ao QI, (Quociente Intelectual) do indivíduo.
Mas, desde a publicação do livro Inteligência Emocional, do
psicólogo e jornalista norte-americano Daniel Goleman, o QE
(Quociente Emocional), o tema ganhou espaço e passou a ser
considerado também na avaliação do desempenho.
Você já ouviu falar que o desempenho de uma pessoa tem correlação
com a interação dos dois quocientes como se o homem tivesse dois
cérebros, duas mentes, ou seja, duas inteligências diferentes, a
racional e a emocional, pois bem são os dois hemisférios cerebrais.
O lado esquerdo, onde predomina a razão, executa um pensamento com
tendências à lógica, à matemática, à organização, ao planejamento. O
hemisfério direito é criativo, romântico, sonhador, visionário. Hoje
se sabe que o lado intelectual não pode dar o melhor de si, sem a
participação da inteligência emocional, pois é justamente ela a
responsável por habilidades que permitem lidar com conflitos
internos mantendo-se calmo diante de crises. É exatamente isso que
faz com que a inteligência emocional venha conquistando cada vez
mais adeptos em todo o mundo. Podemos afirmar que ganha mais pontos
e mais possibilidade de contratação ou de se manter empregável,
aquele que tiver mais “autos”, ou seja, autocontrole, auto-estima,
autoconhecimento, automotivação etc.
Do ponto de vista da inteligência emocional o que causa insucesso
profissional pode ser: o medo, motivado pela sua atuação histórica,
o que leva o profissional a agir sempre da mesma forma, com as
mesmas soluções; a teimosia, que dificulta a assimilação de
mudanças; a arrogância, que impede o profissional de ouvir os
clientes, os fornecedores e a própria equipe; falta de empatia
(identificação) emocional com as pessoas, o que torna o profissional
incapaz de motivar os outros, por desconhecer ou não entender suas
necessidades.
Mas a grande vantagem é que a inteligência emocional, tanto quanto a
racional, pode ser desenvolvida. O importante é cultivar habilidades
como a confiança, audácia, otimismo, objetividade. O caminho é
aprender a administrar as emoções, buscar o autoconhecimento,
aprimorar a capacidade de ouvir, o desprendimento e a humildade.
Reflita sobre situações em que você foi bem-sucedido e as que não
deram certo. Avalie seus talentos e habilidades e dê atenção aos que
precisam ser desenvolvidos. Você vai descobrir que esse trabalho não
o afasta das suas emoções, tornando-o uma pessoa fria, mas, ao
contrário, ensina a arte de saber administrá-las e utiliza-las a seu
favor assim como se tornar uma pessoa mais criativa.
Boa sorte!
Maria Inês Felippe: Palestrante, Psicóloga, Especialista em Adm. de
Recursos Humanos e Mestre em Desenvolvimento do Potencial Criativo
pela Universidade de Educação de Santiago de Compostela - Espanha.
Palestrante e consultora em Recursos Humanos, Desenvolvimento
Gerencial e de equipes, Avaliação de Potencial e competências.
Treinamentos de Criatividade e Inovação nos Negócios. Palestrante em
Congressos Nacionais e Internacionais de Criatividade e Inovação e
Comportamento Humano nas empresas. Vice Presidente de Criatividade e
Inovação da APARH.