Influências Psicossomáticas do Infortúnio
Por Dr. Wagner Paulon
11/06/2008
O Indivíduo vai ao médico por causa dos sintomas físicos resultantes
do esforço violento de viver a debater-se e, não, por causa de seu
infortúnio.
O enfermo não percebe que os sintomas físicos e o infortúnio são,
ambos, produzidos pela maneira de viver a lutar.
O paciente aceita o infortúnio como coisa natural.
Mas não aceita o cansaço, a dor e todos os demais sintomas.
São desagradáveis e o indivíduo está disposto a reagir fazendo
alguma coisa.
Fica surpreendido quando lhe dizem que só alcançará êxito se mudar
de vida uma idéia que não lhe ocorreu ao encarar seu caso.
Todos nós supomos que a maneira como estamos vivendo é a única
possível, dentro das circunstâncias.
Mas o doente precisa aprender a mudar de vida — a viver.
Precisa libertar-se duma porção de coisas que se agarram a ele como
ostras numa pedra.
Só tem essa alternativa, se não quiser continuar azarado: acabar com
a tensão emocional suscitada pelo debater-se e desenvolver emoções
sadias, aprendendo como viver.
Dr. Wagner Paulon - Formação em psicanálise (Escola Paulista),
mestre em psicopatologia (Escola Paulista), psicologia (Saint
Meinrad College) USA, pedagogia (FEC ABC), MBA (University Abet)
USA, curso de especialização em entorpecentes (USP), psicanalista
por muitos anos de vários hospitais de São Paulo.