Memória: Como Entender e Estimular
Por Eliane Pisani Leite
28/07/2007
A memória é a capacidade de armazenar o conhecimento adquirido por
situações vividas por nós mesmos ou em nosso meio.
Ela acontece através de um processo bioquímico entre algumas regiões
do cérebro.
A inteligência não depende do número de neurônios (células
cerebrais), mas sim do número de ligações formadas pelos dentritos
(ramificações dos neurônios) em função das estimulações, a estas
ligações dá-se o nome de sinapses. Quanto mais sinapses forem
criadas no cérebro, melhor para o desenvolvimento humano.
Todo esse processo de mielinização dos neurônios dá-se o nome de
plasticidade neural. Esse processo só acaba no dia em que morremos.
Nos anos 70 acreditava-se que os neurônios tinham número limitado e
que começavam a morrer aos 26 anos de idade. Até que um pesquisador
da Alemanha, afirmou que todos os dias existem novos neurônios para
serem estimulados para uso, na região do cérebro chamada de
Hipocampo, e caso esses neurônios não forem ativados, eles poderão
morrer.
A memória sempre vai depender das modificações que ocorrem entre um
neurônio e outro. Ela tem íntima relação com os processos
sensoriais.
Todos nós temos recursos internos e externos para estimular a
memória e dar ênfase à plasticidade neural, para isso só precisamos
aumentar e modificar algumas situações de rotina, por exemplo.
Tendo em vista o fato da descoberta que diariamente existem novos
neurônios para serem ativados, então porque não colocá-los em
atividade.
Para isso precisamos de uma vida saudável, com boa alimentação. Os
alimentos que podem contribuir para essa plasticidade, são: banana;
mel; derivados de soja, levedura de cerveja, peixes, alimentos ricos
em fibras e pouca gordura.
Também é necessária muita estimulação, por exemplo, se você vai para
o seu trabalho sempre pelo mesmo caminho, então passe a fazer um
novo percurso, mude sua rota, descubra outras ruas. Isso irá
ajudá-lo a criar novas sinapses em virtude dos novos estímulos do
caminho diferente que esta fazendo.
Os exercícios podem ser simples, como ler, dançar, desenhar ou
jogar. Atitudes como estas, são capazes de aumentar o poder de
raciocino, a concentração e outras habilidades.
Estudos científicos já mostraram que a atividade cerebral pode
inclusive proteger as pessoas de doenças degenerativas.
Que tal modificar um pouco sua rotina?
Eliane Pisani Leite - Autora do livro: Pais EducAtivos
Pisicologia Acupuntura Psicopedagogia - pisani.leite@terra.com.br