Motivação Humana
Por Cristiano Apio
23/05/2007
A motivação humana tem sido um tema que tem recebido maior atenção
no cenário empresarial, devido ser um tema amplo e complexo sobre o
rendimento de cada individuo no âmbito profissional. Devido a
inúmeras variáveis, a motivação tem sido um fator relevante no
desempenho das pessoas nas organizações. Os profissionais e as
empresas estão cada vez mais exigentes, cada um com seus direitos.
Profissionais desejam maiores benefícios e organizações querem mais
rendimento.
Para entender melhor o termo motivação, é necessário apresentarmos
algumas teorias, de conceituados pensadores, como forma de
dimensionar os conceitos teoricos do assunto.
Numa primeira teoria, de Lewin, este destaca que motivo é tudo
aquilo que impulsiona a pessoa a agir de certa forma. Um motivo gera
uma ação (origem da palavra). Esse impulso é gerado por um fator
externo (provindo do ambiente) e do raciocínio do indivíduo. Esta
relacionada com a cognição (conhecimento) das pessoas e seus
paradigmas formados durante a sua vivência. Neste contexto de
“ambiente psicológico” ocorre a variação de interpretação e forma de
enxergar a situação pelas pessoas.
Este pensador também definiu três suposições relacionadas para
explicar o comportamento humano.
1. Comportamento é causado pôr estímulos internos (hereditariedade)
e externos (vivência);
2. Comportamento é motivado pôr algum objetivo;
3. Orientado para objetivos pessoais. Existe sempre um impulso, um
desejo, uma necessidade,
Existe também o ciclo motivacional, teoria explicada por Chiavenato,
que esclarece as etapas para satisfazer e trazer motivação. São
estas:
1) Equilíbrio interno 2) estímulo ou incentivo 3) necessidade 4)
tensão 5) comportamento ou ação 6) satisfação.
Outra teoria, considerada uma das mais respeitadas do meio
administrativo é a teoria de Maslow. Ela tem por base uma pirâmide
onde são citadas as seqüências de necessidades do ser humano, que
seguem abaixo:
1. Necessidades fisiológicas: alimento, repouso, abrigo, sexo, etc;
2. Necessidades de segurança: proteção, emprego, etc;
3. Necessidades Sociais: relacionamento, aceitação, amizade,
compreensão, consideração;
4. Necessidades de auto-estima: orgulho, auto respeito, progresso,
confiança, status, admiração, etc;
5. Necessidades de auto realização: auto-desenvolvimento,
auto-satisfação, independência financeira,etc.
Estão em pirâmide, com algumas salientações. A necessidade seguinte
será alcançada se a anterior for atingida. Pessoas são movidas a
elas. Necessidades mais elevadas tendem a ficar em segundo plano.
Uma quarta teoria é de Herzberg. Ele destaca dois fatores que
influenciam a motivação.
· Fatores motivacionais (intrínsecos): trabalho em si, realização
pessoal, reconhecimento, progresso profissional, responsabilidade.
São fatores satisfacientes, pois quando são ótimos, provocam
satisfação. Se não evitam a insatisfação;
· Fatores higiênicos: condição de trabalho, administração da
empresa, salário, relação com supervisor, benefícios sociais. Este
quando ótimo, apenas evita a insatisfação. Não elevam a satisfação.
As duas teorias – Maslow e Herzberg – apresentam pontos de
concordância. Fatores higiênicos referem-se a necessidades básicas
(1e 2 e parte de 3). Fatores motivacionais referem-se a necessidades
secundárias (3,4 e 5).
Numa quinta teoria, Vroom cita: Pessoas tem expectativas e esperam
recompensas. Concedem seu esforço empresarial em troca destas. Há
uma relação ampla entre os termos. Isto leva a motivação. O ser
humano é complexo (cada pessoa um sistema individual).
As teorias acima nos ajudam a perceber e entender melhor sobre este
importante conceito, de motivação. Cada um de nos tem um jeito de
lidar com as frustrações. Temos altos e baixos. Num contexto mais
casual, diria o seguinte:
- Devemos tentar buscar um equilíbrio entre as vidas pessoais,
profissionais e amorosas.
- Devemos evitar criar elevada expectativa em cima de fatos
imprevisíveis.
- Cada um tem sua válvula de escape. Independente da forma, tente
extravasar sentimentos ruins e mágoas que possam lhe puxar para
trás. Um exemplo é desabafar com um bom amigo.
- Fuja do quase. Eu quase fui um grande empresário, eu quase comprei
um carro, eu quase fui médico, eu quase me dei bem na vida. Não
conseguir algumas coisas geram frustração e desmotivação. Atinja e
lute pelo resultado. Devemos ter uma ambição saudável, não
obsessiva.
Muitos pensamentos são validos nesta questão de definir qual sua
motivação. Ela esta ligada com a satisfação. É o resultado direto de
estar motivado. Fica a questão de cada um analisar-se internamente e
decidir por livrar-se de males e paradigmas que fazem seu
inconsciente trabalhar contra você.
Bibliografia: CHIAVENATO, Idalberto. Administração, teoria processo
e prática; São Paulo, editora Atlas, 2002.