Persona
Por Vanilde Gerolim Portillo
15/02/2007
A persona é, de acordo com a Psicologia Analítica, o arquétipo da
adaptação social. Com o desenvolvimento da consciência, o ser
humano, que é gregário por natureza, necessita desenvolver algumas
características básicas para a adaptação social em contraste com
seus instintos animalescos. O nome vem da antiga máscara usada no
teatro grego para representar esse ou aquele papel numa peça e tem,
para Jung, o mesmo sentido, ou seja; persona é a máscara ou fachada
aparente do indivíduo exibida de maneira a facilitar a comunicação
com o seu mundo externo, com a sociedade onde vive e de acordo com
os papéis dele exigidos. O objetivo principal é o de ser aceito pelo
grupo social a que pertence.
A persona é muito importante, na medida em que dependemos dela em
nossos relacionamentos diários, no trabalho, na roda de amigos ou na
convivência com o nosso grupo.
Como qualquer outro componente psíquico, a persona possui um lado
benéfico e outro maléfico. Em seus aspectos benéficos, a persona
auxilia a convivência em sociedade, extremamente importante em
nossos atuais dias. Também transmite uma certa sensação de
segurança, na medida em que cada um desempenha exatamente o papel
dele esperado, da melhor forma possível. Assim, espera-se de um
médico que se comporte como tal, que atenda o paciente e que o cure
dos males que o atingem. De um bombeiro, que seja solícito e
enfrente, sem grandes medos os incêndios, e assim por diante.
No sentido nefasto da persona, há o perigo de o indivíduo
identificar-se com o papel por ele desempenhado fazendo com que a
pessoa se distancie de sua própria natureza. Um médico, por exemplo,
não é médico o tempo todo. Em casa é o pai, o marido, o filho e
assim outras máscaras ele estará utilizando. Aqueles que são
possuídos por sua persona, tornam-se pessoas difíceis de conviver,
são rígidos em sua persona e exigem dos demais que se comportem
igual a ele.
A persona serve também como proteção contra nossas características
internas as quais achamos que nos desabonam e, portanto, queremos
esconder.
Vanilde Gerolim Portillo - Psicóloga Clínica - Pós-Graduada e
Especialista Junguiana - Atende em seu consultório em São Paulo:
(11) 2979-3855