Psicologia Esportiva
A psicologia do esporte ainda é uma ciência muito nova, nas
faculdades de Educação Física ela já tem um tratamento diferenciado
até com aulas especificas nas grades de ensino, mas ela ainda não é
tratada como deveria ser nas faculdades de psicologia que deveriam
ter pelo menos uma disciplina optativa que desse uma melhor noção do
que esse tipo de psicólogo faz.
Hoje os psicólogos nessa área ainda encontram problemas como a
raridade de materiais informativos sobre o que está acontecendo,
poucos livros, má remuneração e trabalhos mal desenvolvidos por
psicólogos inexperientes que trabalharam com atletas.
Para executar esse trabalho é importante que o profissional tenha a
formação de psicólogo e posteriormente faça um curso de extensão na
área. Nos livros e entrevistas, palavras que ouvimos a todos os
momentos foram relativas ao controle de sentimentos, atenção,
equilíbrio e otimização de performance.
Nesse tipo de trabalho o psicólogo trabalha muito com todos os
outros envolvidos na qualidade de rendimento que o atleta possa
oferecer, é altamente multidisciplinar envolvendo médicos,
fisioterapeutas, técnicos, pesquisadores. Claro que a priori o
objetivo é fazer com que o atleta de a melhor resposta possível no
campo, piscina ou quadra. Seu corpo e mente em equilíbrio
trabalhando em comunhão para alta performance. Para os psicólogos
amantes do esporte é uma carreira maravilhosa, como é nova também é
cheia de opções, caminhos a serem conquistados, estudos a serem
feitos, áreas de trabalho.
Uma forma de se começar a falar sobre Psicologia do Esporte é
falando de João Carvalhaes, pioneiro na introdução desse tipo de
prática no Brasil. Em 1958, ele começava a praticar esse tipo de
psicologia com a equipe que disputaria o Campeonato Mundial de
Futebol. Foi nesse ano que ganhamos o primeiro título mundial.
Desde então, a Psicologia do Esporte é uma área emergente de
atuação, embora tenha se firmado mais efetivamente após os anos 90.
No time São Paulo Futebol Clube (SPFC), Carvalhaes tinha foco de
trabalho a psicotécnica. Ele estudava os estados tensionais como
fato que cria condições às distensões musculares. Em outra frente,
pesquisava a prática e interpretação de testes de personalidade e
inteligência; a organização e orientação de cursos que visem à
preparação psicológica dos atletas; a orientação e instalação do
laboratório de futuras experimentações e pesquisas –com recursos
para medir visão estereocópica (binocular), reação psicomotora a
estímulos visuais e a estímulos auditivos; cálculo de velocidade
relativa; cálculo de espaços em largura e sensação quinestésica.
No entanto, seu trabalho não se limita a esse estudo que parece ser
mais cientifico. Caravalhaes olhava o atleta como uma pessoa e tinha
preocupações sobre o lado sócio econômico, emocional, social dos
atletas.
Essa visão do ser que pratica o esporte é muito importante para não
se utilizar a psicologia limitadamente como ciência do
comportamento. Muito mais do que isso, a psicologia pretende
desenvolver e discutir com os atletas todas outras áreas de sua
vida: valores pessoais, motivações e percepções. Um atleta completo
não é só um homem em seu perfeito estado físico, como ser humano ele
é um conjunto de corpo e mente.
O esporte abre as portas para inseguranças, medos, ansiedades,
estresses, agressões humanas e somatizações. Outra questão presente
na vida do esportista é a aposentadoria, pois essa é uma carreira de
curta duração. Por essas e por outras, o atleta vive na fronteira do
desequilíbrio emocional.
O trabalho do psicólogo é fazer com que o atleta busque o
equilíbrio, tanto físico quanto mental. O psicólogo do esporte
trabalha no sentido de desenvolver no atleta maior percepção de seu
corpo e mente. Os resultados são muitos, como aumento da
concentração durante jogos, diminuição do estresse, automatização de
cuidados básicos, velocidade de raciocínio para melhores respostas
durante o jogo, entre outras.
Hoje as faculdades de Educação Física têm aulas voltadas para a
Psicologia do Esporte. No entanto, são raras as faculdades de
Psicologia que aprofundam os estudos na área. Mesmo com formação
insuficiente, profissionais licenciados em Psicologia podem exercer
a função de psicólogo do esporte. As faculdades de Educação Física
tem na sua grade aulas de Psicologia do Esporte a vinte anos e nos
cursos de Psicologia não existe nem a divulgação do assunto. Os
psicólogos do esporte podem assumir diversos papéis, como educador,
disseminando o conhecimento; como pesquisador, com interesse nas
descobertas; e como clinico, para ajudar os atletas a desenvolverem
estratégias psicológicas que os levem ao alto rendimento esportivo.
Segundo Regina Brandão, esses psicólogos que resolvem atuar com
clínicos, devem diagnosticar e tratar psicopatias, dar e interpretar
teste, fornecer serviços a comissão técnica, aos dirigentes e aos
familiares dos atletas. É obrigação do psicólogo ter uma formação
apropriada, rigorosa, feita por cursos de pós-graduação, mestrado e
doutorado.
Suzy Fleury, também reconhecida psicóloga do esporte, fala que além
de contribuir para a performance de atletas se deve trabalhar para
transformá-los em pessoas mais realizadas e felizes. Mais do que
atletas, pessoas melhores. Ela explica um pouco as teorias que
norteiam seu trabalho: • Teoria da Inteligência Emocional, que trata
do papel que as emoções desempenham e diz que eles são muito mais
importantes do que se acreditava anteriormente no sucesso individual
e, como conseqüência, na vitória coletiva; • Teoria
Psiconeuroimunológica, que estuda a relação entre mente / cérebro /
sistema de defesa do organismo, que defende que a mente e o corpo
estão intrinsecamente ligados e a sua interação exerce uma profunda
influência sobre a saúde e a doença. • Teoria Psiconeuromuscular e
Teoria Simbólica do Aprendizado, com diversos estudos sobre quanto
mais prática mental melhor a performance na classe.
“Quem quer que esteja fisicamente bem preparado pode fazer coisas
incríveis com seu corpo. Mas quem junta a um corpo em forma uma
cabeça bem cuidada é capaz de feitos excepcionais.” (Alexander
Popov, melhor nadador da Olimpíada de 1996)
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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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conteúdo enciclopédico. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Psicologia_esportiva&oldid=11003373>.
Acesso em: 21 Jul 2008
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