Regressão de Memória no tratamento de Fobias e Síndrome do Pânico
Por Alziro Zarur de Azevedo Machado
26/03/2007
1. Evolução do Medo à Síndrome do Pânico
a) Medo
Sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou
imaginário, de uma ameaça, susto, temor, pavor ou terror. (Novo
Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa).
Motivos do medo: medo por carência, medo por insuficiência e medos
baseados em conflitos.
Estímulos, objetos e agentes do medo: a dor, o sofrimento moral, a
morte, as enfermidades, a solidão, a vida, os instintos, a guerra, a
revolução, os cataclismos naturais e outros.
Tipos de apresentação do medo:
Instintivo (orgânico, corporal e ascendente), é o mais primitivo e o
que menos tortura o homem civilizado.
Racional (condicionado, psíquico e descendente) é o mais habitual,
mais suportável.
Imaginativo (irracional, de presunção, mágico-intuitivo) pode ser o
pior e não dá paz nem sossego.
Fases Progressivas do Ciclo Emocional do Medo, segundo Mira y López
(2000):
Prudência: produzem-se abundantes racionalizações para convencer-se
de que o comportamento é justo. O sujeito considera-se mais
previdente e refletido que seus semelhantes. Reage com crítica
excessiva ante que lhe revela seu auto-engano.
Concentração (desconfiada): preocupação, temor do fracasso.
Pessimismo, enquanto concentra e reconcentra sua coragem e energias,
aparenta tranqüilidade dissimulada.
Alarme: fase da ruminação, a pessoa percebe que não pode controlar o
fluxo de seus pensamentos. Começa se obsedar com as perspectivas de
perigo iminente. Perda de lucidez habitual, impressão de
insuficiência.
Angústia: mescla de temor e fúria incontidos. O sofrimento atinge o
máximo. Se sente enlouquecido, na iminência de perder a cabeça.
Pânico: Fase de total desorganização
b) Fobias
Myra e López (2000) afirma que a principal característica das fobias
é que quem as sofre reconhece claramente a falta de base razoável
para tal sofrimento, e não obstante, continua sendo vítima dele, sem
possibilidade de dominar-se ( p.53). O autor enumera ainda
características para sua identificação:
Brusca ocorrência e sua apresentação em forma de acessos e
recidivas.
Independência do pensamento lógico.
Tendência natural ao crescimento e difusão.
Desaparecimento brusco mediante fórmulas secretas que o indivíduo
fabrica como autodefesa.
O medo insensato em suas formas intensas e perseverantes, leva ao
desequilíbrio mental, ao suicídio ou ao crime, se não é devidamente
tratado.
A fobia é um medo insensato, sentido por um cérebro que é, em tudo o
mais, sensato. Quando não vai além da sua fase inicial e se
apresenta de forma vaga mas persistente, denomina-se apreensão,
superstição (relacionada com mitos, idéias mágicas e tradicionais de
supostos malefícios) e medo obsessivo (forma compulsiva), obrigando
a pessoa à realização de atos mais ou menos absurdos para livrar-se
de sua angústia (Myra e López, 2000, p.53).
c) Pânico
Características clínicas
O paciente em pânico refere um sentimento de desastre iminente,
muitas vezes enfatizando um medo de morte súbita, por exemplo como
resultado de um ataque cardíaco. Outro sentimento freqüentemente
relatado é o de se tornar insano ou de cometer um ato agressivo,
destruidor ou, geralmente, de perder o controle e a orientação.
Estes pacientes manifestam perturbação fisiológica. Seu coração bate
rapidamente, tremem, experienciam náusea, suor, hiperatividade
motora e sua respiração freqüentemente é profunda e rápida e, às
vezes, acompanhada por uma sensação de asfixia e sufocação. Podem
experienciar diarréia e uma necessidade compulsiva de urinar. Pode
se sentir fraco ou tonto; seu rosto está corado e suas pupilas
dilatadas. Mais notável são os agudos sentimentos de desamparo e os
suplicantes apelos de assistência (Bellak, Leopold & Small,
Leonard,1978, p.135).
Um ataque de pânico é um período distinto de intenso temor ou
desconforto, durante o qual 4 ou mais sintomas descritos abaixo se
fazem presentes, que se desenvolveram abruptamente e alcançaram um
pico em 10 minutos: Palpitações ou ritmo cardíaco acelerado;
sudorese; tremores ou abalos; sensações de falta de ar ou
sufocamento; sensações de asfixia; dor ou desconforto torácico;
náusea ou desconforto abdominal; sensação de tontura, instabilidade,
vertigem ou desmaio; desrealização (sensação de irrealidade) ou
despersonalização (estar distanciado de si mesmo); medo de perder o
controle ou enlouquecer; medo de morrer, parestesias (anestesia ou
sensações de formigamento); calafrios ou ondas de calor
(DSM-IV,1994, p.193).
2. Busca do Medo Original
A maioria dos problemas psicológicos e psicossomáticos tem suas
causas no passado. Descobrir, reviver e compreender essas causas
pode produzir um alívio duradouro.
Muitos problemas do passado são causados por experiências
traumáticas. Essas experiências, que não foram assimiladas,
tornam-se reprimidas e podem ser re-estimuladas mais tarde por
experiências semelhantes, embora mais fracas. Reações naturais em
circunstâncias difíceis do passado também podem persistir quando não
são mais adequadas. Essas reações podem e tornar programas
compulsivos: falsificações, distorções e generalizações
injustificadas. (Hans TenDam, 1993, p.11)
Regressão de memória
Para Hans TenDam (1989/1993) a regressão é entrar em contato com um
passado não-resolvido que está interferindo dentro de nós. Não
voltamos às experiências passadas e vidas passadas, mas ao passado
retido, que carregamos agora. Esse contato deve produzir liberação e
assimilação.
Pacientes nos visitam por coisas que carregam: problemas de ontem,
do mês passado, do ano passado ou de cinco anos atrás, mas presentes
agora. Em nossa personalidade presente, ecos do passado nos
assombram, principalmente inconscientes, com fragmentos de vozes,
sentimentos e impressões de há muito tempo. Não queremos
simplesmente levantar os conteúdos inconscientes para o consciente,
mas desejamos liberação, limpeza e catarse. (Hans TenDam, 1989/1993,
p.14)
A meta de cada intervenção é a catarse: limpeza, liberação,
purificação. Cada sessão é direcionada para a catarse, e quando bem
sucedida, além de purificação emocional e relaxamento físico, produz
um crescimento da compreensão.
Em psicoterapia a introvisão é o aspecto intelectual da catarse. Uma
terapia de regressão com resultados duradouros é definitivamente uma
terapia orientada para a introvisão, não uma terapia comportamental.
Há também uma purificação intelectual, que conduz à paz intelectual.
O primeiro passo é a purificação emocional, abandonar emoções
negativas e dar boas-vindas às emoções positivas. O segundo
componente da catarse é o discernimento. A catarse intelectual traz
paz mental. O terceiro componente é a catarse física, intimamente
ligada à catarse emocional. Só podemos abandonar um problema quando
o aceitamos, e só podemos aceita-lo quando o compreendemos como ele
surgiu.
A alma da catarse é a liberação emocional. Essa liberação deve
enraizar-se tanto no corpo quanto na mente. Às vezes a catarse
emocional é dominante, noutras a mental, e às vezes é a corporal.
Fantasia x realidade
Não temos condição de oferecer garantias de que uma experiência seja
uma rememoração genuína ou fantasia. Assim como num grande número e
ocasiões cotidianas, acredita-se no que o cliente diz experimentar.
Interessa-se pela verdade psíquica, ou seja, aquilo que é real para
o cliente. Caso o cliente insista em questionar a questão da
realidade ou fantasia, sugere-se verificar os possíveis efeitos
práticos da experiência.
Situação traumática
De acordo com Laplanche e Pontalis (1992) o trauma é um
acontecimento da vida do sujeito que se define pela sua intensidade,
pela incapacidade que se encontra o sujeito de reagir a ele de forma
adequada, pelo transtorno e pelos efeitos patogênicos duradouros que
provoca na organização psíquica. É uma vivência que, no espaço de
pouco tempo, traz um tal aumento de excitação à vida psíquica, que a
sua liquidação ou a sua elaboração pelos meios normais e habituais
fracassa. O afluxo de excitações é excessivo em relação à tolerância
do aparelho psíquico, que não consegue descarregar a excitação.
Ativação das defesas: mecanismo de sobrevivência
A maioria das pessoas se defronta na infância com ameaças reais ou
imaginárias ao seu bem-estar, segurança e sobrevivência. Em resposta
a estas ameaças a criança tenta se defender e se afirmar criando
alguma forma de existência estável, ou seja, desenvolve seus
mecanismos de defesa. O que muitas vezes se confunde é que os
recursos interiores ficam tão misturados com as estratégias
defensivas que não se sabe separa-los. Todo padrão defensivo contém
inteligência e recursos ocultos, isso significa que não se rejeita a
personalidade defensiva. Em vez disso, busca-se penetrar nela para
ter acesso à inteligência e aos recursos ocultos ali.
Mais cedo ou mais tarde, a estratégia de personalidade adotada na
infância, para sobreviver a condições familiares, torna-se um
obstáculo ao desenvolvimento humano. Assim, crises de identidade
costumam marcar o início de um caminho que irá libertar a
inteligência, a sanidade e outros poderosos recursos interiores
trancados na personalidade condicionada. (Welwood, 2003, p. 46/47).
Qualquer problema, assunto não resolvido ou confusão interna
aparentemente impossível de solucionar se transformará em caminho se
caminharmos resolutamente em sua direção e nos relacionarmos com
eles. (Welwood, 2003,p.51)
3. Procedimentos
Métodos de indução mais utilizados
Em Estado Ampliado de Consciência (EAC), o estado de vigília fica
atenuado, facilitando o afloramento à consciência de conteúdos
inconscientes relativos a eventos traumáticos ocorridos em algum
período de seu passado, que o estão prejudicando no momento atual.
Nas vivências regressivas, por serem personalíssimas, o método
fenomenológico cabe melhor, ou seja, deve-se despir das
pré-concepções teóricas, ideológicas ou filosóficas, pois as
vivências podem se apresentar sob vários aspectos, com
características específicas para cada um (Peres, 2002).
Podemos alcançar uma Expansão de Consciência de várias maneiras. O
estado não usual de consciência pode ser é um dos efeitos da atenção
concentrada que deve ser plena, fixa, ininterrupta. O poder da
atenção concentrada é algo parecido com a lente de uma máquina
fotográfica, que capta todos os detalhes do quadro em foco, sem
fazer exclusão de qualquer detalhe. A chave é provocar uma mudança
na marcha cerebral o que se consegue através de um relaxamento
específico (acelerando ou desacelerando o ritmo cerebral).
Para se alcançar um estado não usual de Consciência necessita-se de
uma preparação prévia detalhada tanto do ambiente quanto do cliente.
Quanto ao cliente, o desejável é que esteja deitado ou recostado
confortavelmente;
Pálpebras cerradas suavemente;
Que tenha sido esclarecido pelo terapeuta quanto à experiência para
que possa colaborar ao máximo para o êxito da vivência (dispensar-se
de qualquer análise racional, avaliação, julgamento, cobrança,
alimentação de qualquer tipo de expectativa);
Imobilidade física
As técnicas podem ser divididas, didaticamente, em dois grandes
grupos: as indiretas e as diretas.
Técnicas indiretas. Sugerem a fixação da atenção concentrada aos
estímulos externos, de acordo com a anamnese do cliente.
Exemplo: Imaginação ativa; Relaxamento; Hiper-ventilação; Hipnose;
Meditação; Música, etc.
Técnicas diretas. Sugere a fixação concentrada diretamente aos
estímulos internos da vida do cliente. A indução pode ser feita por
meio de evocação de palavras ou frases chaves que funcionam como uma
espécie de gatilho.
Vale ressaltar que o termo indução provém do campo do magnetismo e
da hipnose, e sugere que o cliente seja guiado para entrar em
transe. Ao se escolher a ponte certa, esse transe ocorre
naturalmente. O relaxamento prévio é um caminho indireto e flui
facilmente para a ponte imaginativa ou para a ponte somática.
Hans TenDam (1989/1993), aponta quatro vias de acesso, as quais
chamou de pontes:
Ponte verbal (indução verbal): uma frase é repetida até que surjam
sentimentos, sensações físicas ou imagens. São frases centrais na
fala do cliente, geralmente carregadas. Ex.: eu nunca....
Ponte imaginativa (indução mental): é a entrada mais lógica quando
alguém já carrega uma imagem. Uma imagem de um sonho marcante ou
recorrente retida fortemente. As diferenças da imaginação ativas são
os conteúdos internos do cliente com relação às imagens estimuladas.
Na imaginação ativa estimula-se a imagem mental até que elas comecem
a surgir independentemente do comando do terapeuta. Na imaginação
ativa o cenário criado depende da criatividade do terapeuta condutor
(descer escadas, elevadores, lugar agradável e tantas outras).
Ponte somática (indução física): a estimulação de um sintoma físico
como - uma dor específica, uma sensação física, local de menor
resistência.
Sentimentos (indução emocional): Estimulação de emoções e
sentimentos fortes como tristeza, angústia, ansiedade, medo, pânico,
etc.
Catarse e Integração
Leva ao momento culminante
Estimula o cliente a relacionar a situação passada com o aqui e
agora
Facilita a reconciliação, revisão e integração da situação
traumática original
Observa-se, a partir da prática, que nos casos de transtorno do
pânico (em crise), as defesas egóicas encontram-se fragilizadas o
que possibilita, na maioria dos casos, o contato direto com o
material inconsciente, dispensando as fases preliminares de uma
sessão de terapia regressiva. Usa-se a tensão presente como ponte,
uma vez que ao facilitar o relaxamento, pode-se tirar o cliente do
clima. Geralmente, o cliente sai da crise aguda logo nas primeiras
sessões.
Geralmente, inicia-se a estruturação de uma sessão de regressão de
memória pela queixa do cliente.
Na oportunidade, procura-se levantar os gatilhos, ou seja,
levanta-se a queixa, listando/anotando os temas exibidos. As
palavras/frases idiossincráticas quase sempre ditas com ênfase ou
repetidas várias vezes e as emoções relatadas; todas as reações
exibidas pelo cliente enquanto relata a queixa; questiona-se sobre
as reações físicas, emocionais, pensamentos e imagens durante o
relato da queixa.
Após a ancoragem de qualquer imagem, sentimentos ou impressões
deve-se estabelecer o cenário dramático com perguntas tão específica
quanto possível, usando: O que? Onde? E como?
Seguindo a estória, direciona-se o cliente para frente e para trás
no tempo passado ou na direção dos momentos chaves da vida,
ignorando detalhes irrelevantes do dia a dia e indo para os momentos
de clímax ou de transição. O inconsciente o levará diretamente aos
eventos chaves, a depender das perguntas que se faça.
Focalização dramática e alívio catártico. Os objetivos são:
Liberação dos padrões ligados ao corpo: sensações, emoções, etc
Identificação do momento traumático
Liberação do trauma
Uma vez que o inconsciente levou a uma cena chave fixa-se aí. Reduza
a velocidade da “câmara fotográfica” para focalizar melhor as mais
leves reações psicológicas, sentimentos enterrados, pensamentos não
expressos. Aqui é onde se aprende mais a respeito da formação do
complexo, a repressão dos sentimentos, o choque, o negar e todas as
reações dissociativas do trauma.
Indicações e contra-indicações
De uma forma geral, o desejável e que sejam ouvidas as queixas e os
principais problemas e a partir daí verifica-se a indicação ou não
para terapia regressiva. Caso haja indicação, oferecer ao cliente as
informações preliminares, firmar contrato terapêutico, etc.
Vários são os temas que respondem bem à terapia regressiva, mas nem
por isso deve-se banalizar a sua aplicação. O bom-senso e a
parcimônia devem prevalecer também nesta situação. Necessita-se de
pessoas auto-responsáveis. Não se pode trabalhar com pessoas
mentalmente incapacitadas, drogados, sedados ou autistas. Em geral
recomenda-se não fazer terapia regressiva com clientes que precisam
evitar o estresse, como os epiléticos, os cardiopatias, as grávidas,
os psicóticos e outros. É importante que o cliente tenha confiança
no terapeuta – base de qualquer trabalho em consultório, e tenha
disponibilidade interna.
4. Resultados
a) Estatísticas: 14 casos nos dois últimos anos, com os seguintes
resultados.
3 clientes em tratamentos, com uma sessão de terapia regressiva até
o momento. Há relato de melhora significativa do quadro sintomático
por 02 clientes; (21,42%)
3 desistências após a 2ª sessão vivencial, embora não tenha
acontecido adesão plena a este método terapêutico constatou-se uma
melhora no quadro geral de dois desses clientes e o terceiro, por
ser cliente de terapêutica de terapias convencionais há anos,
aplicou-se esta metodologia, mas à época encontrava-se sedada
(tomando 4 medicamentos), condição pouco recomendável à terapêutica
adotada. (21,42%)
8 clientes restantes, 57,14% dos clientes atendidos, 6 declararam
completo desaparecimento dos sintomas; 01 teve apenas um ataque de
pânico há poucos meses (quando a mãe tentou suicídio); 01 relata, em
encontro recente, que os ataques de pânico que eram praticamente
diários, passaram a eventuais com dois eventos nos últimos 12 meses.
do total de clientes atendidos, dois clientes não apresentaram
melhora (14,29);
dos clientes que concluíram o tratamento, em 75% não ocorreram
recidivas até o momento; os demais 25% declararam-se satisfeitos com
os resultados alcançados, tendo em vista o quadro que apresentavam
antes do tratamento.
a não adesão ao tratamento, por inadaptação à metodologia, alcançou
o índice de 21,42% o que parece razoável.
Referências Bibliográficas
Bellak, L & Small, L. (1980). Psicoterapia da Emergência &
Psicoterapia Breve. Porto Alegre: Artes Médicas
Critérios Diagnósticos do DSM-IV: referência rápida. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1995.
Laplanche e Pontalis (1992). Vocabulário da Psicanálise. São Paulo:
Martins Fontes.
Myra e López, E. (2000). Quatro Gigantes da Alma: o medo, a ira, o
amor, o dever. Rio de Janeiro: José Olympio
TenDam, H. (1989/1993). Cura Profunda: a metodologia da terapia de
vida passada. São Paulo: Summus Editorial Ltda.
Welwood, J. (2003). Em Busca de uma Psicologia do Despertar:
budismo, psicoterapia e o caminho da transformação espiritual
individual. Rio de Janeiro: Rocco.
Woolger, R. J. (1987). As Várias Vidas da Alma: um psicoterapeuta
junguiano descobre as vidas passadas. São Paulo: Cultrix.
VÁRIOS " Anais do II congresso brasileiro de prevenção e tratamento
dos transtornos de ansiedade, depressão e transtorno de pânico" -
www.olhosalma.com.br - Goiânia 2004