Ser Sucesso e Referência
Por Jerônimo Mendes
11/01/2009
Eu demorei a entender o segredo das pessoas que se destacam em suas
áreas de atuação e as razões para isso são muito simples.
Naturalmente, como já tive a oportunidade de mencionar em outro
artigo, o sucesso é uma combinação de atributos e circunstâncias
tais como: a inteligência, a época em que você nasceu, as pessoas
que cruzam o seu caminho e, de alguma forma, lhe abrem as portas e,
indiscutivelmente, a determinação para mudar as circunstâncias ao
seu redor.
Isso vale para qualquer profissão ou atividade e o sucesso não
significa, necessariamente, a maior quantidade de dinheiro possível
na conta bancária. Ao contrário, existem pessoas milionárias e
medíocres assim como existem também pessoas menos abastadas, porém
amargas, ocas, invejosas, pessimistas em todos os sentidos, ou seja,
medíocres de espírito.
Independentemente da quantidade de dinheiro amealhada, tornar-se uma
referência na profissão e na sociedade e, consequentemente,
tornar-se bem-sucedido, depende de três pontos: 1) ser bom e gostar
daquilo que faz; 2) além de ser bom e gostar, procurar fazê-lo
melhor do que os outros; 3) fazê-lo também em benefício da
coletividade.
Esses foram os fatores projetaram as pessoas que as pessoas mais
bem-sucedidas no mundo dos negócios e na sociedade em geral. Henry
Ford, Madre Teresa de Calcultá, Viktor Frankl, Silvio Santos, Irmã
Dulce, Mahatma Gandhi, Anita Roddick e tantos outros cujo propósito
de vida foi além da simples necessidade de ganhar dinheiro. Para
eles, o sentido de realização e de contribuição foram mais fortes.
De maneira mais aberta, vejamos cada um deles:
“Ser bom e gostar daquilo que faz” é o seu verdadeiro propósito de
vida, a vocação, o atalho para uma vida plena de realizações. Não
basta ser bom, é necessário gostar do que faz. Quantos
profissionais, excelentes naquilo que fazem, prefeririam o balcão de
um negócio por conta própria ao caixa do banco ou do estabelecimento
dos quais eles nunca seriam donos. Você não precisa esperar a
aposentadoria para se dedicar ao seu verdadeiro propósito de vida.
“Fazê-lo melhor do que os outros” significa entregar-se de corpo e
alma, especializar-se no assunto, dar o melhor de si, destacar-se em
sua área de atuação, abraçar determinada causa com interesse, paixão
e entusiasmo. Aqui não faz diferença se você é patrão ou empregado e
sim o quanto é capaz de aplicar a sua criatividade de maneira
íntegra, sem puxar o tapete alheio, para que o discurso o espelho da
sua conduta.
“Pensar em benefício da coletividade” tem tudo a ver com o sentido
de contribuição. Embora a origem do trabalho tenha sido associada ao
castigo por milhares de anos, é o trabalho que nos permite crescer,
interagir com pessoas de diferentes cores, credos e culturas. O
trabalho nos faz lembrar que somos úteis e criativos, portanto, nos
oferece dignidade e aguça o nosso senso de contribuição, acima de
tudo. O que é bom deve ser compartilhado.
Quando esse três atributos são reunidos, tornar-se uma referência na
sociedade é apenas uma questão de tempo. Naturalmente, sempre haverá
aqueles que gostam de se lamentar e atribuir a falta de sorte ao
modelo de criação dos pais, ao meio onde foram criados, ao fato de
não terem sido tão beneficiados fisicamente pela natureza divina e
até mesmo por que “Deus quis assim”. Isso é, no mínimo, lamentável.
Pior do que não ter uma oportunidade na vida é ter uma e não saber
agarrá-la. Pense nisso e seja feliz!
Jerônimo Mendes é Administrador, Consultor e Palestrante
Autor de Oh, Mundo Cãoporativo! (Qualitymark) e Benditas Muletas
(Vozes)
Mestre em Organizações e Desenvolvimento Local pela UNIFAE