Sobre o Inconsciente Freudiano
(um breve estudo)
Por Márcia Vasconcellos de Lima e Silva
2000
Introdução:
O presente trabalho tem por objeto o tema o inconsciente e seu
objetivo é fazer uma panorâmica acerca do assunto. Não possui
maiores pretensões, uma vez que seria tarefa árdua e incerta tentar
versar sobre algo tão profundo, complexo e enigmático. O
Inconsciente é um tema fascinante e extremamente vasto e
controvertido na obra freudiana. Acredito ter sido uma oportunidade
ímpar a de - a partir desse trabalho - ter tomado um pouco mais de
contato com esse tema, nessa caminhada que, para mim, está apenas
começando.
Evolução do termo "o inconsciente":
Numa nota de rodapé à anamnese do caso Emmy (ESB, vol. II),
encontra-se publicado pela 1a. vez o termo inconsciente. OBS: Foi
Breuer, contudo, que em sua contribuição aos Estudos sobre histeria
fez primeiramente uma defesa das idéias inconscientes. No íten 5 das
considerações teóricas de Breuer à Comunicação preliminar, ele fala
em representações inconscientes e representações inadmissíveis à
consciência - divisão da mente (ESB, vol. II; pg. 241 e segs.).
No início do artigo "As neuropsicoses de defesa" (1896), Freud
descreve explicitamente o mecanismo psíquico da defesa como
inconsciente.
O interesse de Freud pela suposição da existência do inconsciente
não era um interesse filosófico, senão um interesse prático. Ele
achava que sem essa suposição era incapaz de explicar ou mesmo
descrever a grande variedade de fenômenos com que se defrontava.
* Disciplina: Fundamentos de Psicanálise
Prof: Ruth Cnop Goldemberg
1o. período - 01/99
As possíveis influências de Freud com relação a esse tema foram seus
professores diretos interessados por psicologia - Meynert, p. ex.; o
fisiologista e também professor Hering e os conceitos de Herbart. Os
princípios herbatianos eram utilizados na escola secundária que
Freud freqüentou. O reconhecimento da existência de processos
mentais inconscientes desempenhou papel essencial no sistema de
Herbart.
Freud, de início, muito interessado em tentar desenvolver uma
psicologia de base científica, dedica-se a escrever um trabalho
intitulado "Psicologia para neurologistas" que redundou na obra
incompleta "O Projeto para uma Psicologia Científica", 1895. Com
isso, a necessidade de postular quaisquer processos mentais
inconscientes foi inteiramente evitada naquele momento.
Em "A Interpretação dos sonhos", 1900, principalmente em seu Cap.
VII., estabelece-se o inconsciente de uma vez por todas. Naquele
capítulo, pela 1a. vez, Freud revelou o inconsciente tal qual era,
como funcionava, como diferia de outras partes da mente, e quais
eram suas relações recíprocas com elas.
Num artigo que escreveu em 1912 para a SPP "Uma nota sobre o
inconsciente em Psicanálise", Freud investiga a ambigüidade do termo
inconsciente, estabelecendo as diferenças entre os empregos
descritivo, dinâmico e sistemático da palavra.
Em seu "Estudo autobiográfico" (1924 - vol. XX, ESB), Freud nos diz
que: "A subdivisão da mente faz parte de uma tentativa de retratar o
aparelho da mente como sendo constituido de grande número de
instâncias ou sistemas, cujas relações mútuas são expressas em
termos espaciais, sem contudo implicarem qualquer ligação com a
verdadeira anatomia do cérebro (descrevia esse ponto como o método
topográfico de abordagem)".
Já havia dito antes nesse mesmo artigo que "A psicanálise
considerava tudo de ordem mental como sendo, em primeiro lugar,
inconsciente; a qualidade ulterior de 'consciência' também pode
estar presente ou ainda ausente".
Freud sempre insistiu em dizer que o critério consciente x
inconsciente, "(...) é, em última instância, o nosso único farol nas
trevas da psicologia profunda" (Freud, pg. 169 de O Inconsciente e
pg. 32 de O ego e o id).
Capítulo VII - A interpretação dos sonhos:
(E) Os processos primário (identidade de percepção) e secundário
(identidade de pensamento) - Recalcamento e (F) O inconsciente e a
consciência - realidade.
No início do artigo Freud diz que "A tese de que os sonhos dão
prosseguimento às ocupações e interesses da vida de vigília foi
inteiramente confirmada pela descoberta dos pensamentos oníricos
ocultos" (Freud, 1900: 615 - grifos nossos). Ora, oculto = latente =
por trás de... = inconsciente!
"Assim, quando uma cadeia de pensamento é inicialmente rejeitada
(conscientemente, talvez) pelo julgamento de que é errada ou inútil
para o fim intelectual imediato em vista, o resultado pode ser que
essa cadeia de pensamentos prossiga, inobservada pela consciência,
até o início do sonho" (Freud, 1900: 620).
O trabalho do sonho, a formação do sonho, prova que "(...) as mais
complexas realizações do pensamento são possíveis sem a assistência
da consciência...". Uma vez que os restos diurnos, que servem de
material para a formação do sonho, podem ter sido originados no dia
anterior e, assim, terem passado despercebidos pela consciência do
sonhador desde o início... E continua: "Esses pensamentos oníricos
não são, em si, inadmissíveis à consciência; é possível que tenha
havido diversas razões para que não se tornassem conscientes para
nós durante o dia. O tornar-se consciente está ligado à aplicação de
uma certa função psíquica, a da atenção, função esta que, segundo
parece só se acha disponível numa quantidade específica, a qual pode
ter sido desviada pela cadeia de pensamentos em questão para alguma
outra finalidade" (Freud, 1900: 620 - grifos nossos).
Daí ele segue falando em catexia da atenção e abandono da catexia de
atenção, para colocar a questão do pré-consciente. Coloca-nos que
dentro de nosso pré-consciente existem representações (idéias)
derivadas de fontes situadas no inconsciente e de desejos
(inconscientes) que estão sempre em alerta. E que a cadeia de
pensamentos desprezada ou suprimida pode cessar espontaneamente ou
persistir... (p. 621). Com isso, Freud pontua que existem dois tipos
fundamentais de processos psíquicos. São os dois sistemas que, no
aparelho psíquico, descreve como o Ics. e o Pcs, respectivamente.
A finalidade do aparelho psíquico é o de manter-se num estado de
homeostase. Assim, sua função é a de evitar ao máximo possível o
desprazer... Freud assim nos fala: "(...) o segundo sistema só pode
catexizar uma representação se estiver em condições de inibir o
desenvolvimento do desprazer que provenha dela" (Freud, 1900: 627).
Daí a teoria do recalque. Quando a realização daqueles desejos
inconscientes pudessem gerar um afeto de desprazer (ao invés de
afeto de prazer), a transformação do afeto constitui aquilo que é
chamado de recalcamento. Qual sua ligação com a neurose?
"O Pcs. reforça sua oposição aos pensamentos recalcados (isto é,
produz uma contracatexia / anticatexia ) e, a partir daí, os
pensamentos de transferência, que são veículos do desejo
inconsciente, irrompem em algum tipo de compromisso obtido pela
formação de um sintoma" (Freud, 1900: 630).
"Proponho descrever o processo psíquico admitido exclusivamente pelo
primeiro sistema como 'processo primário', e o processo que resulta
da inibição imposta pelo segundo sistema, como processo secundário"
(Freud, 1900: 625-627). O processo primário esforça-se por uma
descarga da excitação acumulada a fim de estabelecer uma identidade
perceptiva [com a vivência da 1a. experiência de satisfação
perdida]; enquanto que o processo secundário - por sua vez -
abandona essa intenção e adota outra em seu lugar: o estabelecimento
de uma identidade de pensamento [com aquela vivência].
Formulações sobre os dois princípios do funcionamento mental (1911):
O tema principal deste artigo é a distinção entre os princípios
reguladores (o princípio do prazer e o princípio da realidade) que
dominam, respectivamente, os processos mentais primário e
secundário.
No início do artigo, Freud nos diz que "(...) toda neurose tem como
resultado e, portanto, provavelmente, como propósito arrancar o
paciente da vida real, aliená-lo da realidade" (paralelo com o
sujeito alienado de Lacan: o neurótico). Ao conceituar recalque,
Freud coloca o processo de repressão/recalque na gênese das
neuroses: "Os neuróticos afastam-se da realidade por achá-la
insuportável - seja no todo ou em parte" (Freud, 1911: 237).
A psicologia que se baseia na PSA, toma como ponto de partida os
processos mentais inconscientes que "(...) são os processos mais
antigos, primários, resíduos de uma fase de desenvolvimento em que
eram o único tipo de processo mental" (Freud, 1911: 238). Seu
propósito dominante (dos processos primários) é descrito como o
princípio do prazer-desprazer [ lust-unlust ], isto é, o princípio
do prazer. Esta é a 1a. vez que este termo aparece. Em A
interpretação dos sonhos (1900), é sempre denominado princípio de
desprazer.
Estes processos se esforçam para a busca da satisfação, ou seja, do
prazer; a atividade psíquica rejeita qualquer evento que possa
despertar desprazer - é aqui que ocorre o recalque! (Freud, 1911:
238).
O termo recalque (verdrangt) aparece pela 1a. vez na seção II da
Comunicação Preliminar de 1893 no sentido que viria a ter na teoria
psicanalítica. Em História do movimento psicanalítico (1914), Freud
coloca que a Teoria do Recalque é a pedra angular da psicanálise.
O Princípio da Realidade se instaura/estabelece quando o aparelho
mental se vê diante de realidades externas desagradáveis cuja
existência é inegável, que não consegue deixar de perceber... Assim,
se antes o bebê alucinava no sentido de buscar a 1a. experiência de
satisfação perdida, num dado momento o princípio do prazer vai sendo
substituído pelo da realidade, na medida em que a cça cresce...
(Freud, 1911: 238 - nota de rodapé).
Note-se, porém, que "(...) a substituição do princípio de prazer
pelo princípio de realidade não implica a deposição daquele, mas
apenas sua proteção. Um prazer momentâneo, incerto quanto a seus
resultados, é abandonado, mas apenas a fim de ganhar mais tarde, ao
longo do novo caminho, um prazer seguro" (Freud, 1911: 242).
Aí então, Freud fala das religiões, da ciência, da educação e da
arte que seriam todas formas de sublimação da insatisfação e
frustração advindas da instauração do princípio da realidade sobre o
do prazer (Freud, 1911: 242). A instituição do princípio de
realidade causa frustração: "(...) insatisfação que resulta da
substituição do princípio de prazer pelo princípio de
realidade"(Freud : 243 - grifos nossos).
Uma nota sobre o inconsciente em Psicanálise (1912):
Este artigo é considerado um dos mais importantes trabalhos de
Freud, pois pela 1a. vez forneceu uma longa e ponderada descrição
das premissas para sua hipótese de processos mentais inconscientes,
especificando os diversos sentidos em que empregou o termo, bem como
a ambigüidade do mesmo fazendo clara distinção entre seus três
empregos - o descritivo, o dinâmico e o sistemático.
Neste artigo, o aspecto dinâmico é aplicado ao inconsciente
reprimido, enquanto que o sistemático surgiu com um passo no sentido
da posterior divisão estrutural da mente em ID, EGO e SE. OBS: Freud
retorna à distinção tríplice feita aqui no 1o. cap. de "O ego e o
id" (1923) e na conferência XXXI, de 1933.
Freud começa o artigo dizendo: "Uma concepção que se ache agora
presente em minha consciência pode tornar-se ausente no momento
seguinte, e novamente presente, após um intervalo. (...) É este fato
que estamos acostumados a explicar pela suposição de que, durante o
intervalo, a concepção esteve presente em nossa mente, embora
latente na consciência" (Freud, 1912: 279).
E segue explicando que consciente não é um termo correlato de
psíquico, uma vez que consciente é um termo que designa algo que
está na consciência e que nos damos conta... Assim, aquilo que
existe e não nos damos conta por não se achar presente na
consciência num dado momento, não significa que deixe de ser
psíquico... É algo psíquico, mas fora da consciência... As
concepções latentes seriam designadas pelo termo inconsciente.
"(...) uma concepção inconsciente é uma concepção da qual não
estamos cientes, mas cuja existência, não obstante, estamos prontos
a admitir, devido a outras provas ou sinais" (Freud, 1912: 279).
Provas ou sinais = formações do inconsciente: lapsos, atos falhos,
sonhos, sintomas, etc.
Depois, nos coloca que a questão das idéias ativas e inconscientes
era, em princípio, uma característica marcante das pacientes
histéricas. Contudo, "a mesma preponderância de idéias inconscientes
ativas é revelada pela análise como sendo o fato essencial na
psicologia de todas as outras formas de neurose" (Freud, 1912: 280 -
grifos nossos). São idéias ativas porque produzem ações/sintomas,
mas permanecem inconscientes, no sentido de que a pessoa não se
apercebe do que está fazendo... ou do porquê o faz... não se dá
conta daquilo.
E explica que uma idéia não é ou deixa de ser latente pelo fato de
ser considerada forte ou fraca. "Adquirimos hoje a convicção de que
há algumas idéias latentes que não penetram na consciência por mais
fortes que possam se haver tornado" (Freud, 1912: 281).
Finaliza o artigo fazendo considerações importantíssimas! Freud fala
do inconsciente enquanto sistema. "O sistema assinalado pelo fato de
seus atos isolados serem inconscientes é chamado O Inconsciente
(...) E este é o terceiro e mais significativo sentido que o termo
'inconsciente' adquiriu na psicanálise" (Freud, 1912: 285). Qual
seja: o sentido sistemático; a conotação de um aparelho psíquico
dividido em sistemas.
O Inconsciente (191 ):
Lê-se na nota do editor inglês: "Se a série de artigos sobre
metapsicologia talvez seja considerada como o mais importante de
todos os escritos teóricos de Freud, não há dúvida alguma de que
este ensaio sobre o inconsciente constitui seu ponto culminante"
(pg. 165).
Na introdução do presente artigo Freud nos fala que mesmo
inconsciente, uma idéia pode produzir efeitos (o que nos remete às
idéias inconscientes e ativas) e, até mesmo, chegar à consciência. E
afirma: "Como devemos chegar a um conhecimento do inconsciente?
Certamente só o conhecemos como algo consciente depois que ele
sofreu transformação ou tradução para algo consciente. A cada dia o
trabalho psicanalítico nos mostra que esse tipo de tradução é
possível" (Freud, 1915: 171).
Segue colocando que o atributo de ser inconsciente é apenas um dos
aspectos do elemento psíquico. Divide o inconsciente por um lado em
atos meramente latentes (temporariamente inconscientes) e, de outro
lado, abrange processos tais como os recalcados. E alerta: "Não
podemos escapar à ambigüidade de empregar as palavras 'consciente' e
'inconsciente' algumas vezes num sentido descritivo, algumas vezes
num sentido sistemático, sendo que, neste último, elas significam a
inclusão em sistemas particulares e a posse de certas
características " (Freud, 1915: 177).
E continua dizendo que um ato psíquico passa por duas fases até
chegar à consciência. Entre uma fase e outra existe uma espécie de
censura (ou teste) à qual o referido ato psíquico deverá ser
submetido. Nas palavras de Freud: "Na primeira fase, o ato psíquico
é inconsciente e pertence ao sistema Ics; se no teste for rejeitado
pela censura não terá permissão de passar à segunda fase; diz-se
então que foi recalcado, devendo permanecer inconsciente. Se, porém,
passar por esse teste, entrará na segunda fase e, subseqüentemente,
pertencerá ao segundo sistema, que chamaremos sistema Cs." (Freud,
1915: 178 ).
Por pertencer ao sistema Cs. isso não significa sua relação com a
consciência, mas sim, sua capacidade de tornar-se consciente
(característica do até então sistema Pcs.). Assim, Freud acopla os
dois sistemas: "(...) o sistema Pcs. participa das características
do sistema Cs. e a censura rigorosa exerce sua função no ponto de
transição do Ics. para o Pcs. (ou Cs.)" (Freud, 1915: 178). A partir
disso, Freud propõe que se empregue por escrito as abreviações Cs. e
Ics. quando se estiver mencionando, respectivamente, o consciente e
o inconsciente em seu sentido sistemático.
Freud, então, segue falando sobre a questão da repressão/recalque. A
repressão ou recalque é um processo que afeta as idéias na fronteira
entre os sistemas Ics. e Pcs. (Cs). Tal processo deve tratar-se de
uma retirada de catexia. E pergunta: "(...) em que sistema ocorre a
retirada e a que sistema pertence a catexia retirada? A idéia
reprimida permanece capaz de agir no Ics., e deve, portanto, ter
conservado sua catexia. O que foi retirado deve ter sido outra
coisa.
Tomemos o caso da repressão quando afeta uma idéia pré-consciente ou
mesmo consciente. Aqui a repressão só pode consistir em retirar da
idéia a catexia (pré)-consciente que pertence ao sistema Pcs. A
idéia, portanto, ou permanece não catexizada, ou recebe a catexia do
Ics., ou retém a catexia do Ics. que já possuía. Assim, há uma
retirada da catexia pré-consciente, uma retenção de catexia
inconsciente, ou uma substituição da catexia pré-inconsciente por
uma inconsciente". E prossegue: "(...) baseamos essas reflexões na
suposição de que a transição do sistema Ics. para o sistema seguinte
não se processa pela efetuação de um novo registro, mas por uma
modificação em seu estado, uma alteração em sua catexia" (Freud,
1915: 185).
Anticatexia é o processo por meio do qual o sistema Pcs. se protege
da pressão que sofre por parte da idéia inconsciente " (...) É bem
possível que seja precisamente a catexia retirada da idéia a
utilizada para a anticatexia" (Freud, 1915: 186).
Ics.- catexias / anticatexias - Pcs.
"(...) gradativamente fomos levados a adotar um terceiro ponto de
vista em nosso relato dos fenômenos psíquicos. Além dos pontos de
vista dinâmico e topográfico, adotamos o econômico" = economia da
libido.
E, desta forma, Freud instaura a Metapsicologia: "Não será descabido
dar uma denominação especial a essa maneira global de considerar
nosso tema, pois ela é a consumação da pesquisa psicanalítica.
Proponho que, quando tivermos conseguido descrever um processo
psíquico em seus aspectos dinâmico, topográfico e econômico,
passemos a nos referir a isso como uma apresentação metapsicológica"
(Freud, 1915: 186).
Conclusão:
Foi extremamente proveitoso e prazeiroso para mim estudar e realizar
esse trabalho, uma vez que redundou numa mini-pesquisa do termo
inconsciente que é vital para a psicanálise. Muito gratificante,
também, poder acompanhar os passos de Freud nas suas principais
formulações acerca do inconsciente.
Quando comecei a fazer este trabalho, resolvendo não me ater ao
artigo metapsicológico de 1915, O Inconsciente, pretendi tentar
acompanhar a linha de raciocínio de Freud e li os artigos de acordo
com a ordem cronológica em que foram escritos. E com o intuito de
enfatizar isso é que subdividi o trabalho de acordo com os textos
lidos. Afinal, poderia ter condensado as principais idéias num
resumo geral. Porém, não era essa a minha intenção.
Espero ter conseguido atingir os objetivos pertinentes à disciplina,
embora confesse que, independentemente disso, atingi o objetivo a
que me propus ao realizar esse breve estudo: o de começar o percurso
de tentar compreender e explicar sobre aquilo que é, em si,
incompreensível e inexplicável.
Referências Bibliográficas:
Freud, S. (1900). A Interpretação dos Sonhos. In: ESB das obras
completas de Sigmund Freud. Imago, Rio de Janeiro, 1996. v. V, p.
615-645.
Freud, S. (1911). Formulações sobre os dois princípios do
funcionamento mental. In: ESB das obras completas de Sigmund Freud.
Imago, Rio de Janeiro, 1996. v. XII, p. 233-244.
Freud, S. (1912). Uma nota sobre o inconsciente em psicanálise. In:
ESB das obras completas de Sigmund Freud. Imago, Rio de Janeiro,
1996. v. XII, p. 275-285.
Freud, S. (1915). O Inconsciente. In: ESB das obras completas de
Sigmund Freud. Imago, Rio de Janeiro, 1996. v. XIV, p. 165-209.