Transtornos Alimentares
Por Ana Lúcia Pereira
08/06/2007

Transtornos Alimentares são desvios do comportamento alimentar que podem levar ao emagrecimento extremo (caquexia) ou à obesidade, entre outros problemas físicos e incapacidades.

Dentre os principais Transtornos Alimentares estão a anorexia e a bulimia, que apresentam alguns sintomas em comum, quais sejam preocupação excessiva com o peso, percepção alterada da imagem corporal e medo patológico de engordar.

Outras patologias menos comuns, também consideradas como transtornos alimentares, são:

Hiperfagia/Binge

Episódios durante os quais o indivíduo ingere quantidades exageradas de alimento, mesmo sem ter fome, de maneira descontrolada e em curto espaço de tempo. O transtorno de binge diferencia-se da bulimia por não apresentar o comportamento de vômito auto-induzido, sendo que o próprio organismo costuma se encarregar de eliminar o excesso ingerido.

Normalmente os indivíduos procuram esconder os ataques, mantendo um comportamento alimentar controlado em público.

Perdas, acidentes, acontecimentos traumáticos repentinos ou planejados como cirurgias eletivas podem desencadear desajustes psicológicos que levam ao descontrole do comportamento alimentar e consequentemente a obesidade ocasionada pelo comer compulsivo, especialmente em pessoas com predisposição a aumento de peso. Perda da autoconfiança e da auto-estima são comuns nesses casos

P  i  c  *

Consiste no comportamento de comer persistentemente substâncias não nutritivas. A substância típica ingerida tende a variar de acordo com a idade. Bebês e crianças mais jovens tipicamente comem tinta, reboco, cordões, cabelos ou tecidos; crianças mais velhas podem comer fezes de animais, areia, insetos, folhas ou pedregulhos; adolescentes costumam consumir argila ou terra.

Esse transtorno é mais comuns em crianças e em adultos com retardo mental, embora ocorra com menor freqüência em grávidas e em pessoas com deficiência de vitaminas ou minerais .

Antes dos 24 meses de idade, aproximadamente, o ato de levar à boca e, às vezes, comer substâncias não nutritivas é relativamente comum e não implica necessariamente na presença de pica. O diagnóstico é feito apenas quando o comportamento é considerado persistente (isto é, está presente por pelo menos 1 mês) e inapropriado, levando em conta o nível de desenvolvimento do indivíduo.

Inapetência Psicológica

A inapetência psicológica é diferente da anorexia porque não há alteração da imagem corporal. O anoréxico se vê como gordo e o apetite pode ser normal; na inapetência psicológica o paciente pode reconhecer que está magro, caso esteja, mas não consegue comer.

Ana Lúcia Pereira é Psicóloga Clínica, professora Universitária e Consultora Organizacional. Email: alp@analuciapsicologa.com - http://www.analuciapsicologa.com