Você está capacitado para viver uma existência plena?
Por Silvia Malamud
05/03/2009
Existem consciências que descem aqui no planeta de um modo bastante
diferente da consciência do genuíno buscador.
Seus focos centrais que poderiam evidenciar lucidez também diferem;
existem mais espaços vazios que mostram o quanto a consciência de
maneira efetiva não está presentemente focada na realidade factual.
Isto demonstra uma espécie de dificuldade com a viabilização do
nosso si mesmo e por vezes um abandono, uma lentidão em captar a
realidade e reconhecer-se como individualidade.
A beleza estética do ser humano consiste em essencialmente sermos
humanos vívidos em todos os sentidos. Significa buscarmos viver sem
alucinações diante da realidade deslocando e transferindo problemas
pessoais aos outros, nos privando de vivenciar uma realidade maior
de amor e de carinho. Consiste em lidarmos e honrarmos os nossos
problemas sejam eles quais forem, sem deslocar ou imaginarmos
problemas onde não existem, perdendo o nosso tempo precioso deixando
de viver com o que realmente é importante para que as nossas vidas
efetivamente sigam em frente no nosso melhor.
Viver de verdade é muito maior do que desvios repetitivos de
comportamentos, competições infundadas, vínculos em crenças irreais
que nunca nos levarão à sensação gritante do êxtase que é sentir-se
no sagrado que é própria existência.
Em circunstâncias vizinhas, temos as diversas consciências
encarnadas em moldes humanos atuando nas interligações de todas as
suas partes, buscando nem que seja apenas por processos intuitivos
ainda não conscientes, saírem do véu de ilusão em que vivem.
Podemos observar pela nossa própria experiência, que a consciência
pode se renovar a cada segundo.
O estar parado, se repetindo, passa a significar deterioração. O
tempo na Terra age como um fator ilusório, impulsionando-nos sempre
a agir, daí a importância de não enganarmos a nós mesmos nos
repetindo infinitamente em padrões de funcionamento há muito
conhecidos, sejam eles quais forem. E isso pode ser desde crenças
religiosas, casamento, brigas constantes, padrões de submissão, etc.
Nesta vertente é que podemos perceber quanta ausência de si mesmo e
de vida que reside naqueles que não ousam entrar nesse quadro vivo,
que é a própria existência.
Estamos todos agindo simultaneamente, ora como participantes
inseridos dentro de um suposto contexto, ora como observadores nesse
imenso show.
Somos os atores de nós mesmos, por isso, é que necessitamos saber
com clareza de que modo estamos atuando em cada instante, podendo
assim desenvolver as nossas habilidades, sermos os senhores
criadores das nossas realidades com total consciência e deixando
assim o status de autômatos.
Por isso, é altamente relevante a busca sincera e a participação
lúcida onde quer que estejamos, exigindo de nós mesmos a consciência
da totalidade. Usufruindo o Tao.
Estamos nos aprimorando em nossos caminhos quando em propósitos
claros e bem definidos, presentes em nossos corpos físicos,
respirando e trocando ar com todas as atmosferas... Estando em tudo,
vivendo o prazer do saber estar.
Tirando proveito de todas as experiências, na consciência do
aprender.
Gerando o automerecimento, a auto-estima e, simultaneamente, quando
conscientes deste projeto, ampliando oportunidades criativas para
todos.
Somos criadores, criaturas divinas em pleno movimento, sempre.
São as atividades múltiplas e variadas do buscador, que tem como
princípio a expansão do eu, mesmo que este não o saiba ainda ao
certo.
A consciência do si mesmo, transformando os universos em que se
transita em espirais de movimento para o interior de todo o ser e ao
mesmo tempo em que expande em ondas de alegria para todo o Cosmo.
Sente -se que, à medida que se avança pela própria vontade de se ter
consciência e lucidez, novos caminhos vão se abrindo.
Somos grandes, temos a divindade em nós.
Silvia Malamud é Psicóloga e atua em seu consultório em São Paulo.
Tel. (11) 9938.3142 - deixar recado. Autora do Livro: Projeto
Secreto Universos. Email: silvimak@gmail.com